Música Funk
O funk é um estilo musical que surgiu através da música
negra norte-americana no final da década de 1960. Na verdade, o funk se
originou a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e algumas
influências do R&B, rock e da música psicodélica. De fato, as
características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de
baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida)
marcante e dançante.
EVOLUÇÃO DO FUNK
Anos 60
O funk surgiu como uma “mescla” entre os estilos R&B,
jazz e soul. No início, o estilo era considerado indecente, pois a palavra
“funk” tinha conotações sexuais na língua inglesa. O funk acabou incorporando a
característica, tem uma música com um ritmo mais lento e dançante, sexy, solto,
com frases repetidas.
Anos 70
A alteração mais característica do funk, na década de 70,
foi feita por George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente,
Funkadelic. Tratava-se de um funk mais pesado, influenciado pela psicodelia,
dando origem ao subgênero chamado P-Funk. Nesse período surgiram renomadas
bandas como B.T. Express, Commodores, Earth Wind & Fire, War, Lakeside,
Brass Construction, Kool & The Gang, etc.
Anos 80
A partir da década de 1980, os bailes funks do Rio começaram
a ser influenciados por um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass*, que trazia
músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas. As primeiras gravações de funk
carioca eram versões. Dentre os raps que marcaram o período mais politizado no
funk é o “Feira de Acari*” que abordava o tema da famosa Robauto, feira de
peças de carro roubadas pelas cidade. Com o tempo, os bailes – até então,
realizados nos clubes dos bairros do subúrbio da capital – expandiram-se a céu
aberto, nas ruas. O funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades
carentes, as músicas tratavam o cotidiano dos frequentadores: abordavam a
violência e a pobreza das favelas.
Anos 90
Com o aumento do número de raps gravadas em português, apesar
de quase sempre utilizar a batida do Miami Bass, o funk carioca começa a década
de 1990 formando a sua identidade própria. As letras refletem o dia-a-dia das
comunidades, ou fazem exaltação a elas (muitos desses raps surgiram de
concursos de rap promovidos dentro das comunidades). Em consequência, o ritmo
fica cada vez mais popular e os bailes se multiplicam. Ao mesmo tempo o funk
começou a ser alvo de ataques e preconceito, por ser um ritimo popular entre as
camadas mais polulares da sociedade e também por conter os chamados bailes de
corredor, onde as galeras de diversas comunidades se dividiam em dois grupos,
os lados A e B, e com alguma frequência terminavam em brigas entre si
(resultando em alguns casos em vítimas fatais) que, acabavam repercutindo
negativamente para o movimento funk. Com isso havia uma constante ameaça de
proibição dos bailes, o que acabou por causar uma “conscientização” maior,
através de raps que frequentemente pediam paz entre as galeras. Em meio a isso
surgiu uma nova vertente do funk carioca, o funk melody, com músicas mais
melódicas e com temas mais românticos, Mc Leozinho, Mc Buchecha e Mc Marcinho
são exemplos dessa fase do funk. Paralelo a isso, outra corrente do funk
ganhava espaço junto às populações carentes: o “proibidão*”. Normalmente com
temas vinculados ao tráfico, os raps eram muitas vezes exaltações a grupos
criminosos locais e provocações a grupos rivais, os alemães (gíria também usada
para denominar as galeras inimigas). Apesar de paralelamente o funk proibidão ganhar
espaço nessa época, particularmente acredito que essa época do funk foi a
melhor, com letras que tinham sentido e eram boas para ouvir, talvez nem todas
fossem assim, com sentido ou boas, mas olhando para oque é hoje em dia, vejo
que o funk de antigamente era bem melhor, tomo como exemplo o Mc Marcinho que
apesar dessa nova geração do funk não faz letras voltadas para o sexo, tráfico
como são os funks de hoje em dia, a unica adapitação que ele fez para essa nova
geração foi o “tamborzão”, Marcinho faz sucesso com suas musicas até hoje,
musicas de 10 anos atras, e o créu? Voces veem por ae? Não! Modinhas como o
créu, passam, enjoam, mas musica de qualidade ficam.
Anos 2000
Ao final da década de 90, além de todas as variantes acima,
surgiram músicas com conotação erótica. Essa temática, caracterizada por
músicas de letras sensuais, por vezes vulgares, que começou no final da década
de 90, ganhou força e teria seu principal momento ao longo dos anos 2000. Seu
ritmo hipnótico e sua batida repetitiva denominada “pancadão” ou “tamborzão”
também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas dessa música, o
ritmo bem sonoro, com rimas fáceis e com sua batida contagiante nos convida a
dançar esse estilo de musica famoso por sua sensualidade. Nos dias de hoje
existem muitas variações nesse ritmo, existe o funk melody*,proibidão*,
erotico*, ostentação* entre outros, de qualquer forma, o funk faz sucesso em
todo o país. Bom, os bailes funks atualmente são frequentados não apenas pelas
classes mais populares, mas também por pessoas de maiores condições
financeiras, o funk é sucesso em festas e faz bastante sucesso entre os jovens.
O funk em geral é quase sempre é criticado por ser pobre em criatividade, por
muitas vezes apresentar uma linguagem obscena e vulgar apelando para letras
obscenas, com duplo sentido, apologia ao crime, drogas e tráfico, e à
sexualidade exarcebada, para fazer sucesso, também por mostrar a imagem da
mulher como inferior.
FUNK OSTENTAÇÃO
Funk ostentação, também referido como funk paulista, é um
estilo musical brasileiro, criado no ano de 2008, na cidade de São Paulo.
Considerado como uma vertente do funk carioca e da baixada santista, o gênero
desenvolveu-se primeiramente na Região Metropolitana de São Paulo e na Baixada
Santista, antes de alcançar proporções nacionais a partir de 2011. Os temas
centrais abordados nas músicas referem-se ao consumo e a propriamente dita
ostentação, onde grande parte dos representantes procura cantar sobre carros,
motocicletas, bebidas e outros objetos de valor, além de fazerem frequentemente
citações à mulheres e ao modo de como alcançaram um maior poder de bens
materiais, exaltando a ambição de sair da favela e conquistar os objetivos. O
gênero foi criado como uma alternativa à lírica abordada pelo ritmo carioca,
que citava essencialmente conteúdos relacionados com a criminalidade e com uma
vida de sofrimento. A primeira canção do estilo foi gravada pelos MCs Backdi e
Bio G3 em setembro de 2008, intitulada “Bonde da Juju”, fazendo menção clara
para a ostentação. Após a realização de diversos festivais do gênero no estado,
vários cantores foram sendo descobertos, enquanto outros acabaram se
readaptando ao funk ostentação, que alcançou a primeira exibição nacional com o
lançamento do videoclipe “Megane”, do cantor MC Boy do Charmes, em meados de
2011. Quando tornou-se de senso comum que o funk ostentação seria melhor
representado no formato audiovisual, o cinegrafista KondZilla inovou ao ser o
primeiro a produzir conteúdos visuais, que foram recebidos com ampla aprovação
pelos fãs.
Fonte: http://complexodofunk.com.br/site/2014/03/29/origem-funk-e-sua-evolucao/
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